terça-feira, 23 de outubro de 2012

Faça você mesma: Bolsa


Tutorial do blog PS – I made this ©Reprodução
O portal de pesquisa de tendências WGSN fez um report super interessante a respeito do movimento DIY (sigla de “Do It Yourself”, ou “faça você mesmo”, em português) entre as consumidoras de moda, expondo os principais fatores que contribuem para a sua popularidade e destacando quatro blogueiras que estão transformando essa arte do “feito em casa” em negócio. Confira os principais pontos abaixo:
A cultura da recessão
O WSGN aponta a recessão econômica como um dos motivos que levou os jovens consumidores a procurarem meios alternativos de colocar as mãos em itens da moda. Os blogs de DIY surgiram como uma solução criativa por seus tutoriais que ensinam como recriar o estilo de peças da passarela por um preço muito abaixo do mercado – afinal, a maioria dos projetos DIY consegue alcançar um visual profissional com materiais acessíveis e que não custam muito dinheiro.
Consumo consciente
O DIY é descrito como um movimento que encoraja as pessoas a pensar e agir de maneira sustentável. Os consumidores estão cada vez mais atentos quanto à integridade social e ambiental dos produtos que eles compram, e a moda está incluída nesse radar. Assim como o “slow food” ou o movimento que encoraja o consumo de produtos locais, os adeptos do DIY acreditam que têm o poder positivo de transformação no ato de simplificação e de fazer eles próprios as suas coisas.
Gratificação instantânea
Os projetos DIY, especialmente os mais simples, que podem ser seguidos por qualquer pessoa, representam uma gratificação instantânea muito atraente – “por que esperar seis meses para o lançamento comercial de uma peça da passarela se eu posso produzir o mesmo estilo em algumas horas, ou até em alguns minutos?” é o pensamento dos adeptos do movimento.
Individualidade e exclusividade
Em um mundo de consumo de massa, com grandes redes varejistas produzindo milhares de cópias de uma mesma peça, os consumidores enxergam no DIY uma possibilidade de expressão de individualidade por meio da customização. Mesmo que uma adepta do DIY compre um vestido básico de uma grande rede, o risco de ela chegar em uma festa e dar de cara com uma pessoa com a mesma roupa, por exemplo, é praticamente zerado, já que ela pode ganhar um senso de exclusividade mesmo com pequenas alterações feitas em casa.
As marcas de olho no DIY
O WGSN aponta que as marcas estão de olho nas blogueiras especializadas em DIY e que cada vez mais estão buscando parcerias com elas como uma forma alternativa ao marketing tradicional. Os tutoriais de customização de seus produtos, segundo o bureau de pesquisa de tendências, são vistos como uma oportunidade que as marcas têm de criar um diálogo eficiente com seus consumidores, e uma maneira certeira de aumentar a popularidade e o consumo de suas mercadorias. Afinal, quando uma blogueira de DIY recebe uma peça para ser customizada com total liberdade criativa, os leitores do blog passam a enxergar o potencial aspiracional desse produto.
Conselhos para as marcas
O WGSN perguntou a algumas blogueiras que conselhos elas dariam às marcas que querem entrar na onda do DIY. Carly Cais, do Chic Steals, sugere que elas “permitam a customização de suas peças pelo comprador no ponto de venda (no site oficial, por exemplo), ou até que incluam um pequeno kit de decoração com a camiseta que elas vendem para deixar a coisa divertida e permitir que o comprador tenha uma participação no processo”. Geneva Vanderzeil, do A Pair and a Spare, acredita que “há um enorme mercado para se trabalhar com marcas que vendem itens básicos, que são o fundamento dos projetos DIY. Todo dia meus leitores perguntam onde eu compro itens de roupa para meus projetos DIY, e eu acho que as marcas seriam espertas de explorar esse interesse. Marcas que vendem itens básicos como a American Apparel, Levis e J Crew, e mesmo marcas maiores como a H&M, seriam ótimas para se trabalhar em conjunto. Além disso, também há uma oportunidade para as marcas, revistas e sites adotarem o movimento DIY para promover uma experiência de compra mais positiva e interativa, e para criar mais interesse em geral”.

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